29 June, 2007
26 June, 2007
Amor com direito a rato de bigodes negros
«Caminhavam pelo primeiro passeio que tinha aparecido. Uma nuvem cor-de-rosa descia do alto e aproximava-se deles. [...] E a nuvem envolveu-os. O seu interior estava quente e cheirava a açúcar com canela. [...] Na montra havia uma barriga muito redonda e gordinha montada sobre rodas de borracha. Podia ler-se no anúncio: "A sua nunca chegará a ter rugas, se for passada com o Ferro Eléctrico".»
«-Porque não acendes a luz? - perguntou Alise. - Isto aqui está tão escuro!
- Já é assim há uns tempos - disse Chloé. Há uns tempos. Não há nada a fazer. Experimenta.
[...]
- Os candeeiros morrem - disse Chloé. - E as paredes também se vão retraindo. Esta janela também.
[...]
A grande janela envidraçada, que antes corria ao longo de toda a parede, não ocupava mais do que dois rectângulos oblongos arredondados nas extremidades. [...]
- Como é que isto pode acontecer? - perguntou Alise.
- Não sei... - disse Chloé. - Olha, aí vem um pouco de luz.
O rato de bigodes pretos acabava de entrar com um pequeno fragmento de mosaico do corredor da cozinha, que irradiava um vivo fulgor.
- Mal fica escuro de mais - explicou Chloé -, vem trazer-me um pouco de luz.»
«-Sinto-me bem assim - disse Chloé. - Mantém-te encostado a mim. Há tanto tempo não dormimos juntos!
- Não é preciso - disse Colin.
- Sim, é preciso. Beija-me. Sou ou não tua mulher?
- És - disse Colin -, mas não tens passado bem.
- A culpa não é minha - disse Chloé, e a sua boca tremeu um pouco como se fosse chorar.
Colin inclinou-se e beijou-a muito suavemente, como se beijasse uma flor.
- Outra vez - disse Chloé. - E não apenas na cara... Afinal, já não gostas de mim?
Apertou-a com mais força nos braços. Estava tépida e perfumada. Um frasco de perfume a sair de uma caixa acolchoada a branco.
- Sim - disse Chloé estirando-se. - Outra vez...»
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25 June, 2007
23 June, 2007
Para Primor só falta a vaca
-"(...) são duas equipas muito iguais (...)"
Josezito, vai uma grande entrevista... com a Catariana Furtado? Ela promete uma dança com a sua poeta!
[Santa Engrácia, para quê a mala de viagem?]
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20 June, 2007
ssdd
Same shit, different day.
[Lembrete: os dias não duram duas vidas...]
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18 June, 2007
...
Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objectos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A olharem-se...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.
Pablo Neruda
Pisado por bitter-sweet at 02:33 3 comments
15 June, 2007
Rebolando...
Hoje sonhei com (uma) ela. Resultado? Uma bela dor de cabeça acordou comigo.
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14 June, 2007
13 June, 2007
Uma questão de géneros e de Santa Engrácia
Pisado por bitter-sweet at 23:39 0 comments
12 June, 2007
11 June, 2007
Com ou sem vento
Não é por usarmos as palavras que elas nos servem.
[Nem vice-versa.]
Pisado por bitter-sweet at 02:28 5 comments
08 June, 2007
Silêncio redondo
In her silent way, Joe Sorren
«O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que se não sente bem onde está, que tem saudade... sei lá de quê!»
Florbela Espanca
Pisado por bitter-sweet at 14:16 4 comments